Mar de sabores
Aqueles humanos/peixes
Que jogam suas redes
Para amar
Se banhar
Se amarrar
Não apenas pelo mar
Nem pelo peixe
Apenas para estar
Lançados de braços para natureza
Pela delícia de ser
Paisagem de um mar
De ondas que chocam as pedras,
Que apenas não dividem praias
Mas, marcam os humanos
Lugares de pescadores e marisqueira
Trabalhadores e banhistas
Forjados pelos sinais do paraíso
Humanos vivem deslumbrados
Desnudo de si
Deslumbrado em SER
Apenas em SER
Somente para viver
Nativos desnudos
Se fazem de mudos
Falam sem dizer
Expressam a essência do viver/ser.
Lançam, se lançam
A rede, o sonho.
Itacaresenses são âncoras
Que seduz estrangeiros a viver
O encanto da contemplação
Ensinam aos humanos
A curtir, a saborear o belo
O sustento
Buscado no mangue,
No mar, no rio.
Expressa a essência de ser.
Vida brotada
Em explosão de beleza.
Desnudada
Da nudez a ser transgredida
Visto que no paraíso não há pecado
A praça deu o som
Melanina deu o tom
A paisagem rimou a trilha
Do olho negro que libertou
O doce sorriso de uma manhã
Que se repete incansavelmente
Ao renascer com o brilho do sol
De uma aurora radiante
Ouro negro que se joga ao mar
Cantará o futuro de um
Coração de cacau que brotou
No imprevisível sonho do Deus negro
Que fez/faz/fará de Itacaré um sonho.
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