Pular para o conteúdo principal

Café da manhã

Cafeina que agita o sangue 
Nutri a alma de adrenalina
Levanta o olhar preguiçoso 
Torna ereto a máquina humana 

Pó preto com sacarose
Porção mágica inebriante 
Destruidor das lembranças noturnas
Desembriagou a sonolência do olhar

Desarmou o amanhecer 
Fortaleceu o pulsar das veias
Chamou as pressas ao universo
Desassossegou a noite aconchegante

Conectou a feição serena
Ao mundo selvagem 
Pariu a dormência
Em demência para agitação descabida 

De um mundo sem sentido
A uma gente desconhecida
De olhar confuso, que sabe onde vai
Mas, não entende por que vai
Desesperada em busca do nada





 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A SEITA QUE DÓI MAIS - Aceita que dói Menos

Os que dizem quem sou Não sabem quem sou Querem que seja o que eles são  Mas, eles não sabem quem são Ser nada, ser tudo, ser os outros Ser lixo, Ser jóia Ser qualquer coisa Que diferença faz? O que quiser ser Como quiser ser Quem quiser ser Ser tudo que quiser, Menos ser os outros Figura repetida não completa álbum. Peça rara tem valor único. O preço de ser si mesmo, 

CHOVE. HÁ SILÊNCIO, PORQUE A MESMA CHUVA - FERNANDO PESSOA

CHOVE. HÁ SILÊNCIO, PORQUE A MESMA CHUVA Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva Não faz ruído senão com sossego. Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva Do que não sabe, o sentimento é cego. Chove. Meu ser (quem sou) renego... Tão calma é a chuva que se solta no ar (Nem parece de nuvens) que parece Que não é chuva, mas um sussurrar Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece. Chove. Nada apetece... Não paira vento, não há céu que eu sinta. Chove longínqua e indistintamente, Como uma coisa certa que nos minta, Como um grande desejo que nos mente. Chove. Nada em mim sente...