A marquise encobriu metade da popila cor de mel, Que a sombra delineiva as curvas do olhar, Seduzido pelas pálpebras de uma lágrima sorridente. Que encatava o canto do pássaro a um novo tom. A franja dava atitude as bochechas rosadas, De uma maçã que encontrou-se no pecado. Através do olhar de mel que curvava-se a dormência do afeto, Escondido no inverso da nuvem de chuva. A tela azul celestial apresentava-se através da dança das nuvens carregadas de sonhos. Movida por memórias afetivas, Que fazia brilhar a áurea escondida no vulto do sol.
As palavras sem sons, que desatina a existência. Quero a luz da estrela que apagou. Me interesso pela faísca que não acendeu. Madrugada selvagem capaz de apagar nossas memórias. O TEMPO LEVARÁ TUDO, MENOS NOSSAS LEMBRANÇAS.