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Mostrando postagens de julho, 2008

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo, Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graçae com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionáriose a regulamentos vários. Eu te amo porque não amobastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor. Carlos Drummond de Andrade

Sobre a paixão

"O transe poético é o experimento de uma realidade anterior a você. Ela te observa e te ama. Isto é sagrado. É de Deus. É seu próprio olhar pondo nas coisas uma claridade inefável. Tentar dizê-la é o labor do poeta."(Adélia Prado)

Os meus sentimentos....

Tenho tanto sentimento Que é freqüente persuadir-me De que sou sentimental, Mas reconheço, ao medir-me, Que tudo isso é pensamento, Que não senti afinal. Temos, todos que vivemos, Uma vida que é vivida E outra vida que é pensada, E a única vida que temos É essa que é dividida Entre a verdadeira e a errada. Qual porém é a verdadeira E qual errada, ninguém Nos saberá explicar; E vivemos de maneira Que a vida que a gente tem É a que tem que pensar. Fernando Pessoa

Quisera Ver o Mundo

EU QUISERA VER O MUNDO "...Sentir, sob a forma, as formas, os segredos da matéria, mais a textura dos sonhos de que se forma o real. Ver a vida em plenitude e em seu mistério mais alto; decifrar a linha, a sombra, a mensagem não ouvida mas que palpita na Terra. Eu quisera Ter os olhos que assim penetram o arcano e o tornam (poder da imagem) um conhecimento humano." Drummond Vamos ver logo alí nosso belo, Pois se nosso saber hoje, limita-se aos dados, vamos então abrir a janela, caminhar no marco (zero), violentar de vez nossos conceitos de realidade.