Pular para o conteúdo principal

Beijo de rua

Foi na esquina, na curva
Onde não se via a vida real
Vai-se virar o mundo
Na via da vida

De um lado se esquecia
O que se passava
Para ver o que viria acontecer,
O que viria a ser

Selado o beijo do futuro
Um suspiro ofegante
Protegido ao olhar censurado
Entregue ao futuro incerto

Que ficaria marcado
Na frente do mercado
Um amor protegido
Prometido a eternidade

Ao coração curvado
Do sinal aberto
Para a travessia
Resistia ao que se dizia
Para ser o que queria
Somente amar, apenas beijar

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A SEITA QUE DÓI MAIS - Aceita que dói Menos

Os que dizem quem sou Não sabem quem sou Querem que seja o que eles são  Mas, eles não sabem quem são Ser nada, ser tudo, ser os outros Ser lixo, Ser jóia Ser qualquer coisa Que diferença faz? O que quiser ser Como quiser ser Quem quiser ser Ser tudo que quiser, Menos ser os outros Figura repetida não completa álbum. Peça rara tem valor único. O preço de ser si mesmo, 

CHOVE. HÁ SILÊNCIO, PORQUE A MESMA CHUVA - FERNANDO PESSOA

CHOVE. HÁ SILÊNCIO, PORQUE A MESMA CHUVA Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva Não faz ruído senão com sossego. Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva Do que não sabe, o sentimento é cego. Chove. Meu ser (quem sou) renego... Tão calma é a chuva que se solta no ar (Nem parece de nuvens) que parece Que não é chuva, mas um sussurrar Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece. Chove. Nada apetece... Não paira vento, não há céu que eu sinta. Chove longínqua e indistintamente, Como uma coisa certa que nos minta, Como um grande desejo que nos mente. Chove. Nada em mim sente...