A felicidade desorientou os (des)caminho.
Entre tanto faz de conta,
Não se levou em conta.
Esqueceu-se de (re)colher o tempo
Manipulados por temp(l)os de engano
Cronos roubou o tempo dos humanos.
Enganando os tolos por uma promessa de eternidade.
Enganou-se quem pensou que era eterno.
Construíu castelos de enganos
E esqueceu em viver a sombra da meia noite,
Afugentado-se num sol do (a)manhã que não chegou.
Quando despertou
Já não era mais nem dia, nem noite.
Era apenas passado,
Restando apenas um beijo de (a)Deus.
Perdeu-se o sabor da luz que brilhou no amanhecer,
Porque estava contemplando a sombra de uma realidade que não suportava.
Abortou-se a fertilidade do broto em ser aquilo que poderia ter sido.
Restou apenas um poderia ter sido
Um apelo em engravidar-se novamente.
Um choro de clamor a Afrodite
uma nova chance para fecundar
Um novo dia... um novo sonho.
Seduzido pelo canto da sereia que não era nada, nem mulher, nem peixe, nem gente, nem vida.
Era apena um canto de ilusão.
Para distrair o doce fim da tarde que escorria num fechar de olhos.
As lágrimas encheram de significados
De um passado que não existe mais.
Ficou forjado no peito a ilusão daquilo que nunca existiu.
O útero secou sem engravidar
Por não permitir gerar a filha da esperança
Por causa do medo
Em permitir nascer um novo eu.
Resta espalhar o fermento da esperança, Para que o tempo perdido
Se transforme em (se)mente
Para recuperar a insuportável perda das horas.
O tempo se foi, já não se é mais.
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