Pular para o conteúdo principal

Algodão doce


Era linha solta
Tecido desfiado
Bicho da seda estéril 
Que vivia no casulo 
Que vivia no capucho
Levado aos trapos
Algodão que se tornou doce 

Guerreiro sem espada
Espírito sem escudo
Desamardo por querer
Sem combater

Retalhos de um memória 
Desmantelado pela história 
Atraso por si mesmo
E por um coração valente de amor

Se aprende
Que ganha
Que aceita
Quem vive 
Quem ama.

Para o grande amor da minha vida - que me ensina todo dia a transformar o lixo num luxo. A vida em sonho. O coração em AMOR.

TE AMO

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A SEITA QUE DÓI MAIS - Aceita que dói Menos

Os que dizem quem sou Não sabem quem sou Querem que seja o que eles são  Mas, eles não sabem quem são Ser nada, ser tudo, ser os outros Ser lixo, Ser jóia Ser qualquer coisa Que diferença faz? O que quiser ser Como quiser ser Quem quiser ser Ser tudo que quiser, Menos ser os outros Figura repetida não completa álbum. Peça rara tem valor único. O preço de ser si mesmo, 

CHOVE. HÁ SILÊNCIO, PORQUE A MESMA CHUVA - FERNANDO PESSOA

CHOVE. HÁ SILÊNCIO, PORQUE A MESMA CHUVA Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva Não faz ruído senão com sossego. Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva Do que não sabe, o sentimento é cego. Chove. Meu ser (quem sou) renego... Tão calma é a chuva que se solta no ar (Nem parece de nuvens) que parece Que não é chuva, mas um sussurrar Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece. Chove. Nada apetece... Não paira vento, não há céu que eu sinta. Chove longínqua e indistintamente, Como uma coisa certa que nos minta, Como um grande desejo que nos mente. Chove. Nada em mim sente...